Convivo com o meu egocentrismo
Sofro na pele a dor do meu realismo
Aprendo a conviver com o meu ser
Sem esquecer de mudar e me conhecer
A minha atualização ocorre constantemente
Sou uma pessoa incrível e deprimente
Reconheço as minhas fraquezas inúteis
Saboreio todos os meus prazeres fúteis
A vida tem os seus valores patéticos
Admiro aqueles que são antiéticos
Costumo falar sobre dor e carência
Apenas pra provocar uma resiliência
Admito, meu antidepressivo me segura
Pois, o niilismo me deixa insegura
A vida assusta, devora, fascina
Te pega, solta, puxa, e ensina
É, agarrei meus traumas e guardei
E as crenças, descartei
Acontece, mas depois o jogo vira
Me sinto grata quando a vida me inspira
Nesse jogo insano de existir
Eu vivo calmamente sem insistir
Horas acabo me maltratando
E depois termino me amando
O meu existencialismo continua
Em palavras eu me mostro nua
E em sons, grito ate sangrar
Pra que minha alma possa reclamar
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