terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Personalidade

Convivo com o meu egocentrismo 
Sofro na pele a dor do meu realismo 
Aprendo a conviver com o meu ser 
Sem esquecer de mudar e me conhecer 

A minha atualização ocorre constantemente 
Sou uma pessoa incrível e deprimente 
Reconheço as minhas fraquezas inúteis 
Saboreio todos os meus prazeres fúteis 

A vida tem os seus valores patéticos 
Admiro aqueles que são antiéticos  
Costumo falar sobre dor e carência 
Apenas pra provocar uma resiliência 

Admito, meu antidepressivo me segura
Pois, o niilismo me deixa insegura 
A vida assusta, devora, fascina
Te pega, solta, puxa, e ensina

É, agarrei meus traumas e guardei
E as crenças, descartei
Acontece, mas depois o jogo vira 
Me sinto grata quando a vida me inspira

Nesse jogo insano de existir 
Eu vivo calmamente sem insistir 
Horas acabo me maltratando
E depois termino me amando 

O meu existencialismo continua 
Em palavras eu me mostro nua
E em sons, grito ate sangrar
Pra que minha alma possa reclamar





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